Histórias da banda Anuncia-me (parte 2)

Uma vez laçado para além de filho ser um servo, comecei a participar mais ativamente da BA (banda anuncia-me).

Daí vim a saber a origem do nome, uma palavra bíblica que foi dada aos participantes quando pediram um nome ao Pai. O livro? Jeremias 1.

Pois é! O título do capítulo deste livro é profeta das nações e durante muito tempo ficou sem uma música para demonstrar essa promessa de Deus a nós. Só depois de algum tempo é que fizemos uma música para essa profecia. Mas isso é outra história...

Continuando, acredito que Deus ficou tão impressionado com a ousadia da banda, com a nossa garra em querer serví-lo, que começou a nos preparar espiritualmente (acho que para compensar nosso pouco conhecimento musical). Ficávamos cerca de uma a duas horas em oração para só depois de concluído esse momento iniciarmos o ensaio musical propriamente dito. Aí sobravam apenas uns poucos minutos e no máximo 30. O mais incrível era a sensação de que tudo era muito fácil e simples, a sensação de completude e empatia quando alguém fazia alguma coisa diferente e os demais acompanhavam.

Aí esse rítmo rendeu muita coisa. A primeira delas foi o convite para tocarmos no Hallel de Franca. Caramba! O Hallel de Franca! O 5º Hallel em 1992, se não me falha a memória. Para nós, meros músicos incompetentes foi uma grata surpresa. Maior ainda foi saber que nossas músicas, inspiradas pelo Espírito Santo, foram fonte de conversão e fidelidade de muitos cristãos para com Deus.

Ali nós tivemos o maior alicerce espiritual que Deus nos estava designando, fomos marcados pela sua santa hóstia e amor incondicional para sermos servos sempre, mesmo doentes. Foi naquele Hallel, aliás na semana que antecedeu aquele Hallel, no encontro de músicos cristãos cujo final foi a festa do Hallel, que passamos a ser verdadeiros guerreiros untados pelo óleo sagrado da crisma.

Ali conhecemos Martin Valverde, Eugênio Jorge, Eraldo Mattos, Pe. Jonas, Ziza, e toda a milícia terrena que viria a enfrentar os inimigos celestes.

Dali prá frente os desafios só foram aumentando e serão contados em histórias posteriores.

Até a próxima.

Tava pensando em falar mais uma vez da minha segunda família, a banda anuncia-me, mas depois de tudo o que me aconteceu nessa semana achei melhor falar um pouco a respeito.

Como havia dito no meu outro blog (Palavras e Afins) me senti frágil diante do que aconteceu com o João Lucas, meu filho. Entre a angústia de observar os riscos passando à minha frente, a inutilidade de não conhecer o suficiente para tirar o JL daquela situação, de chorar por medo de perder o que Deus me havia entregue para zelar eu entendi.

Entendi que a única coisa que não perdemos (mesmo os descrentes) é a fé. A fé de que tudo vai dar certo, de que estamos cercados de pessoas abençoadas e capazes de conduzir nossa falta de rumo.

Por Deus, eu só tinha minha fé em meio a tanta turbulência, tanta fragilidade, tanto desconhecimento. E ela (a fé) foi o que manteve firme. Era tão pouco mas ao mesmo tempo era o primeiro presente que me foi dado por Deus. A fé sempre esteve comigo em todos os momentos da minha vida, mesmo que eu não me desse conta, era nela que eu me firmava.

E como sou grato por saber que no pouco eu tenho muito, tenho o principal, a fé.

Jesus disse: Tua fé te salvou. Vejo que a fé não é somente para salvação, fé é o pouco que faz tudo, inclusive salvação.

Tenha fé. 

Historias da Banda Anuncia-me (parte 1)

Hoje iniciarei as histórias vividas por mim na Banda Anuncia-me.

Meu início de participação foi um tanto engraçado. Sendo eu um guitarrista de rock (fazia covers do Rush, Nazareth, Creedence, etc) e amigo do Severton, recebi o convite para ajudá-los na formação da banda.

Ele me disse que estava tocando bateria numa banda e que eles precisavam de noções sobre banda, o lance de conjunto, complementaridade. Aí eu perguntei qual era o estilo e ele me respondeu se tratar de uma banda católica. 

Eu fiquei meio ressabiado, pensei que ele poderia tentar me levar para a igreja mas acabei aceitando em ajudá-los contanto que não tocasse nem participasse dos eventos deles.

Sendo eu pontual, cheguei no horário combinado e fiquei aguardando. Eles chegaram e ao invés de iniciarem os ensaios foram rezar. Ficaram horas rezando e eu fiquei meio distante achando aquilo um saco.

Nas próximas vezes eu continuava não querendo participar das orações. Até que um dia eles começaram a tocar uma música em lá menor (acho que era "Eu navegarei") e como é um campo harmônico legal de improvisar comecei a solar. Daí comecei a sentir algo muito forte, não sei explicar, só sei que foi intenso, e quando dei por mim estava bem leve. Depois fui saber que havia sido tocado pelo Espírito Santo.

Dali em diante passei a participar dos ensaios e reuniões me tornando um membro oficial da Banda Anuncia-me.

Era 1990 e compunham a banda a Helen Cri, Sueli, Sandra, Severton, Alexandre e eu.

Pois é! Mais tarde fui saber que Deus chama seus filhos por meio daquilo que eles mais gostam. No meu caso a música.

Piedade, Senhor...

Dia 25 de fevereiro de 2009. Início da semana santa, início da quaresma, 40 dias.

Período de penitência, de silêncio, de reflexão. 

Estranho! Se simplesmente olharmos ao redor, contaremos nos dedos quantos estão realmente envolvidos com isso.

Meu Deus! Meu Deus! A exemplo dos nossos irmãos judeus, teu povo te troca por outros ídolos. Bom, pelo menos eles, na maioria, não tem o menor interesse em conhecer tua palavra. Pior são os que conhecem e fazem de conta que desconhecem...

Nesse tempo é de bom tom que algumas coisas por nós valorizadas sejam deixadas de lado para crescimento da nossa alma, nossa espiritualidade.

Pão para o corpo, jejum para a alma. 

Jejum de besteiras, de coisas que somos dependentes (nossos vícios, manias, pecados constantes que nem nos damos conta), de palavras excessivas, de gestos obscenos. Período para valorizarmos mais o que temos de melhor, nossos sorrisos, nossa afabilidade, nossos ouvidos, nossa caridade com o próximo.

Espero, e quero muito também, que além do jejum seja possível ter um tempo para oração, para dobrar os joelhos e fazer silêncio.

Ai-ai, o silêncio! Dobrar os joelhos e fazer silêncio! Tão mais fácil falar com ele. Porque temos que calar ao invés de falar?

Oras! Uma hora temos que parar para ouvir aquele que nunca ouvimos, né!

Paz e bem! ssssssss!!!!

Poema saudoso

Acho que ontem eu te vi. 

Não sabia ao certo porque meus olhos estavam embaçados 

mas poucos segundos depois tive certeza que não era você.

Estranho! Era tudo igual: corpo, olhos, cabelos e jeito 

mas ainda assim não era você.

Tive certeza!

Não era você porque faltava sua essência, 

o seu jeito único de me tratar. 

Mas você nem sequer tinha notado que eu estava lá. 

Definitivamente não era você.

De repente acordei! Era um sonho.

Abri meus olhos e ao meu lado tive certeza, era você.

Na essência!

Aí comecei a observar, tentei tocar e você evaporou...

Caramba! Ainda estou dormindo?!?!?!?

Mas era você!!!!!

Acho melhor tentar acordar mesmo.

Definitivamente não era você.

Ainda não sou capaz de voltar a te ver, Jesus.